Redesign Bahiana Journals
O Bahiana Journals, lançado em 25 de maio de 2017, é o portal de periódicos científicos em acesso aberto em ciências da saúde da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. O projeto gráfico, criado na ocasião, trouxe como conceito a conexão entre os agentes da ciência e suas respectivas áreas, graficamente representadas por uma malha de linhas retas que se encontram, sobre um fundo abstrato geométrico, de formas poligonais, com cores diferentes para cada revista.
Capas das revistas do Bahiana Journals (2017).
No ano seguinte, uma proposta de redesign foi feita e aplicada com o mesmo conceito, explorando o plano de fundo de forma a ocupar mais espaço nas peças gráficas, com uma paleta de cores mais variada e vibrante, trazendo uma nova perspectiva para a área de saúde, geralmente representada com cores frias.
Capas das revistas do Bahiana Journals (2018).
Em 2020, foi apresentada uma nova proposta de design que traz como conceito a “ciência em movimento”. Essa escolha se dá, primeiramente, porque “tudo está na natureza encadeado e em movimento” (trecho retirado da peça Gota D’água, de Chico Buarque e Paulo Pontes), mas principalmente como movimento de reagir, questionando as tendências fascistas que reemergiram nesta última década, e que constantemente têm atacado e descreditado a ciência e a educação.
Assim, esse projeto gráfico ilustra o movimento com linhas curvas, como ondas, sobre fundo em gradiente (dégradée), aplicando o efeito duotone em peças com imagens, com um design limpo e minimalista. A paleta gradiente é utilizada como interseção de cores, unindo as seis revistas, pois o início da cor de uma revista é o final de outra, fechando um ciclo harmonioso de cores e enunciando a ideia de colaboração, um dos princípios éticos e morais inaugurais da ciência moderna.
Capas das revistas do Bahiana Journals (2020).
A fonte digital Stilu, do designer baiano Genilson Santos, é utilizada para títulos e a Opens Sans para texto, do Google Fonts. Como recurso de estilo de texto, os títulos das peças aparecem em minúsculas, visando tornar a comunicação mais amigável e menos “engravatada”, porque a ciência não precisa ser burocrática para ser rigorosa e pode ser bonita e agradável sem descuidar de sua responsabilidade social.
Os artigos disponibilizados em pdf ficaram mais dinâmicos, trazendo recursos de marcadores e links ativos (doi, referências, vídeos e ORCID), permitindo que o leitor navegue no próprio pdf e do pdf para a web.
Trabalho realizado para o Núcleo de Comunicação Científica, da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.
Projeto gráfico (2017): George Araújo | Redesign (2018 e 2020): Edileno Capistrano